quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DEUS, UM DELÍRIO?

DEUS, UM DELÍRIO?

            A interrogação é minha e de muitos de nós. Como também poderia ser uma exclamação. Já a afirmativa é título de livro de um cientista inglês, Richard Dawkins, publicado no final de 2006. Um delírio de um ateu confesso. Mais uma tentativa quixoteana de provar o improvável, negar o óbvio, como todas as demais ações humanas que se levantaram ou teimam em se levantar contra Deus.
            Delírio puro e insano de uma criatura que se diz mestre em compreensão pública pela Universidade de Oxford, uma das mais conceituadas cátedras do mundo. Em sua insanidade (que não esconde o desejo de auto promover-se) o infeliz autor ainda dispara: “Meu grande sonho é a completa destruição de todas as religiões do mundo”. Ambição dantesca de uma ignóbil criatura, cuja ciência e prepotência são capazes de aplicar teoria a tudo, mas incapazes de detalhar ou esmiuçar o mistério maior, a origem do “tudo”.
            Por conta desse delírio, o “cientista” criou uma fundação que leva seu nome, com o objetivo de “defender a ciência contra os ataques da ignorância organizada”. Por que não começar combatendo a própria? Uma de suas irônicas definições sobre o sentido da crença divina diz que “religiões não são só coisas sem sentido, mas monstros de espaguetes voadores”. Realmente, para quem é capaz de produzir argumento tão inconsistente, só resta pensar que seu cérebro está cheio de espaguetes. Ou minhocas?
            Sua pretensa “fundação” pretende “financiar pesquisas sobre a psicologia das crenças, apoiar a educação científica e ajudar a divulgação de idéias racionais”. Ótimo! Quem sabe, assim, não consigam provar a existência de Deus. Talvez o tiro saia pela culatra. A fé não mira o invisível, não é um tiro no escuro, pois seu alvo é a Luz.
            Segundo a revista Superinteressante (08/07), que publicou matéria a respeito desse assunto, o movimento dos sem-deus  está crescendo no mundo, mas é difícil quantifica-los “porque muitos deles evitam manifestar publicamente sua ausência de crenças”. O próprio papa constata essa triste realidade: “O mundo perdeu o senso do pecado”. O pior deles é a apostasia, a negação de Deus, cujas conseqüências são piores que suas causas, ou seja, leva o mundo a bancarrota, ao Deus dará... O que? Um jeito? Eis a resposta do Apóstolo: “Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (II Tes 2,3). O Mal dominará a coletividade dos descrentes.
            E depois? Voltaremos à estaca zero, ao pó da origem? Qualquer teoria humana, por mais complexa e razoável que nos pareça, se longe do mistério da mão criadora de Deus, perde seus argumentos, sua consistência lógica. “Vossos argumentos são razões de poeira, vossas lapidações são obras de barro! Calai-vos!” (Jó 13,12...) Porque a sabedoria que pensamos dominar é a maior das tolices diante dos mistérios do Universo e das maravilhas da Criação. “Há mais a esperar de um tolo do que dele” (o sábio) (Prov 26,12). Há muito mais sabedoria na fé do simples, do humilde, do que na pretensa ciência dos que argumentam com sua pobre racionalidade.
            Que Deus nos cure de mais esse delírio. Que o homem, a perfeição mais próxima da Perfeição, a imagem mais semelhante ao rosto do Criador, a sensibilidade que mais anseia pelo verdadeiro Amor, que é Deus, um dia possa se posicionar abaixo dos anjos - os únicos que contemplam o rosto de Deus - e reencontrar seu lugar ao Sol, sua santa missão neste mundo. Pois, se “mal podemos compreender o que está sobre a terra, dificilmente encontramos o que temos ao alcance da mão. Quem, portanto, pode descobrir o que se passa no céu?” (Sab 9,16).
WAGNER PEDRO MENEZES wagner@meac.com.br

Um comentário:

Rivaldo R.Ribeiro disse...

Olá Wagner cada vez mais eu me convenço que o mundo está no fim...

Professias sendo concretizaddas em todo canto e atitudes.

Cientistas ateus tentam confirmar suas ideias, mas se esquecem de onde vem a ciência? As causas e coisas a serem estudadas, os raios e trovões por exemplo. Não são criações de Deus? Bem disse São Francisco de Assis quando igualou tudo que existe no universo como irmãos. E não somos?

Fazemos parte do universo cada um de nós, animados o inanimados. Animais ou vegetais. Assim Deus está presente em tudo e em todos. Basta busca-Lo...

Temos a diferença de sermos agraciados com a nossa alma, mas a dependencia fisica de sobrevivência terrena já dependemos até das cavernas...

http://carisma.franciscano.zip.net