domingo, 13 de fevereiro de 2011

LIMITES DA TOLERÂNCIA


LIMITES DA TOLERÂNCIA
Tudo tem limites. Até a paciência; até a tolerância. A liberdade de escolha de um passatempo, uma programação ou mesmo o enredo de uma novela que preencha momentos de lazer no antro sagrado de um lar, num fim de dia, não pode nunca constranger ou inibir o relacionamento entre pessoas. Principalmente se dentre estas houver crianças. Esse princípio básico da auto censura espontânea, sugerido pelo governo brasileiro para não radicalizar ou ressuscitar o antigo regime de censura prévia, parece ter sido mandado para os ares, juntamente com as ondas das transmissões televisivas deste país. Não gostaria de radicalizar, mas não há outro jeito diante da constatação do fato: nossa dita “campeã” de audiência é também campeã do mau caráter sem peias. O que vemos acontecer em sua programação – principalmente em certa novela “nobre” e no mais “propalado” antro de promiscuidade da “casa” – vai além da tolerância permitida por qualquer núcleo familiar do nosso povo, independente de qual seja sua origem religiosa, moral ou social. Não merecemos tanto lixo de uma só vez!
            Não bastassem as cenas explícitas de sexo, os amores atravessados dos relacionamentos dúbios e contrários à própria natureza do indivíduo, temos que tolerar também as mensagens subliminares do liberalismo sem ética, da permissividade total, das condutas anti familiares, da religiosidade sem religião alguma. O que dizem ser progresso não passa de vil regresso. Roma que o diga. Pelo excesso de liberalismo, pela depravação total dos costumes, pelo excessivo culto ao corpo, à carne, aos prazeres, capitaneou e afundou em seu próprio mar de lamas. Um reino por um momento... O fogo das paixões incendiou e destruiu até a estrutura incontestável de um progresso físico. A Roma da ostentação e do domínio a ferro e fogo caiu sobre si mesma, como vela ardente que iluminou, mas consumiu-se em sua vaidade. Atentem para isso todos os que hoje brilham e pensam dominar o mundo!
            Discutir a sexualidade e as relações humanas exige um mínimo de critérios, senão ao menos o respeito à individualidade. Cada caso é um caso. Os dramas e dilemas pessoais se resolvem à luz das palavras amigas, das boas referências familiares ou, no mínimo, sob orientações de um bom psicólogo, quando não uma boa orientação espiritual. Nunca banalizando o problema. Nunca o colocando a um público aberto, heterogêneo, para cuja maioria a questão não lhe diz respeito. Expor tais assuntos em tramas novelescas ou programas de reality shows, sem oportunidades de direcioná-los ou aprofundá-los com um mínimo de respeito ao público alvo, causa-nos indignação. Além do constrangimento que a banalização dos diálogos quase chulos, de baixo calão, tem ocasionado dentre telespectadores, a superficialidade dos enfoques nada constrói.
            O que buscamos num canal televisivo é sempre um pouco de higiene mental. Ora, seus formuladores devem ser conhecedores das ciências sociais, que variam de uma cultura para outra, de nação para nação. A comunicação não é matéria uniforme, mas sua arte deve respeitar o público que atinge. Há um dualismo entre o indivíduo e a sociedade, o comportamento e a cultura, a formação e o meio. Mas isso não significa que se deva liberar geral, pois o coletivo vem antes do privado, do individual.
            Voltemos a Roma. “Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario... Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de mortes aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem” (Rm 1, 26-27;32). Ah, pobre Roma!
WAGNER PEDRO MENEZE wagner@meac.com.br

           

2 comentários:

Rivaldo R.Ribeiro disse...

Olá Wagner parabens pela critica, mas fique tranquilo a maioria já estão ficando cansado da má qualidade da TV brasileira.

Eu mesmo noutro dia critiquei duramente o programa REVISTA DE SÁBADO no contato do programa, por ter tratado de um assundo a meu ver fora de horário apropriado. O debate era sobre a traição no casamento ou namoro.

Alem disso esse programa aplica muito as mensagens subliminares, falando do errado como se fosse correto. Isso para um público jovem, ainda em formação moral e carater.

Depois fazem reportagens denunciando a bagunça social em que vivemos.Eles da TV se esquecem da sua grande parcela de culpa na educação moral da nossa sociedade.

Pois tudo que é divulgado na TV vira moda e carimba de preconceitosos as pessoas que defendem uma identidade verdadeiramente nacional.

Como ROMA o Brasil pode estar perdendo a sua identidade e personalidade de nação, seus alicerces podem ruir se continuar nesse caminho rumo aos comportamentos animalescos e longe de seres racionais e filhos de Deus...

LETRA DE FORMA disse...

Wagner, recebi a mensagem abaixo por email e achei que complementa o seu artigo, por isso estou postando. Abraço
Odilmar

Que Jesus Cristo promova as virtudes de Deus em nossas vidas.
Hoje, domingo, 13 de Fevereiro de 2011, 10h20m (horário de Brasília).
AS DESGRAÇAS NA TV

Quando ligamos a TV para ter acesso aos noticiários, é desesperador ver o estado de descontrole das emissoras de televisão, exprimindo o espírito que aos poucos vai tomando conta da humanidade. É impressionante a maneira como temas ligados à prostituição e à conduta sexual são tratados. O homem caminha sem qualquer referencial, sem saber a verdadeira natureza da vida e as consequências de seus atos. Com isso, o mundo se precipita rapidamente para o abismo. Haverá um caos no comportamento coletivo e ninguém poderá impedi-lo.

As telenovelas são verdadeiras aulas de desgraça espiritual. Prostituição, perversões da sexualidade, adultério, vileza, mentira, assassinato e toda ordem de comportamento anômalo, são expostos para quem quiser ver. Tudo à vontade, sobre um mentiroso argumento de que estão discutindo problemas da comunidade ou temas de interesse das minorias. O Brasil tem a mania de importar do exterior todas as bobagens que por lá conseguem inventar. Boa parte desses programas de baixo nível, que vemos nas telas da TV, é cópia do que de pior os americanos lançam nos meios de comunicação.

Nos tempos do carnaval, ligar a televisão é violentar sua espiritualidade. Tudo o que o de mais estúpido o diabo pode inventar, desfila na tela da TV para você, sua mulher, seus filhos e seus pais assistirem boquiabertos. Uma morena sem roupas, insiste em dançar na tela da TV, dizendo que a gente vai se ver naquele lugar. A mim ela não vai ver e espero que a você também não, meu irmão e minha irmã. Não vá ao carnaval. Ele é uma festa da carne e por detrás da folia dessa gente, está alguém que conhecemos de longa data.

Tempos atrás, participei de uma conversa a respeito da liberdade de expressão (que é a apoteose da democracia). Seria muito triste que os homens não fossem livres. Mas, aprendemos nas Escrituras, que não existe liberdade sem Cristo. Qualquer outro sentido para a liberdade, termina em morte e escuridão; choro e ranger de dentes. Mesmo que as pessoas, por certo tempo, possam fazer umas farras aqui e ali, entre uma bebedeira e outra, elas não são livres. Não estamos condenando esse ou aquele indivíduo, mas dizendo que, se não considerarmos a Jesus Cristo como a luz do mundo, não haverá saída para ninguém. Como disse o profeta Ezequiel: o fim vem; o fim vem!

Não, não é necessário jogar a TV no lixo (às vezes dá vontade). Mas nesses programas onde a prostituição se insinua dentro da tua casa, desligue-a; o ambiente vai ficar bem melhor, tenha a certeza. Que Deus nos ajude a resistir ao diabo e à sua astúcia. A presença dele no mundo cresce a cada dia. Redobremos a vigilância, a oração e o jejum. Não digo aqui do jejum da carne, mas do espírito, na dedicação a Deus, à igreja e aos irmãos; no amor não fingido. Resistamos ao mal e que o Espírito Santo de Deus não nos deixe cair. AMÉM.