UM GRANDE E INESQUECÍVEL SALTO
“Um pequeno passo
para um homem, mas um grande salto para a humanidade”. Com esta frase
trabalhada e bem pensada para uma ocasião sem igual, Neil Armstrong deu seus
primeiros passos e saltos em solo lunar, na histórica data de 20 de julho de
1969. Quarenta e três anos depois, 25 de agosto último, o primeiro homem a
pisar na Lua parte em definitivo para outros quadrantes estelares, quiçá
celestiais. Tinha 82 anos e foi vítima de complicações pós-operatórias que
visavam desobstruir suas artérias coronárias. Um coração habituado a grandes
emoções não suportou gradativas obstruções dos anos.
Seu
feito maior, todavia, estará para sempre nos anais da odisséia humana: sair
desse planeta insignificante e irrisório diante do gigantismo cósmico e tocar
com os pés seu pequeno e cintilante satélite, fonte de inspirações poéticas,
cúmplice dos casais apaixonados, guia dos marinheiros solitários, luz das
noites encantadas... Armstrong e seu companheiro Aldrin foram os primeiros
humanos e imprimir em solo virgem as marcas sempre aventureiras do solado
humano. E Aldrin, ao contrário do colega, também deu sua opinião sobre o feito,
deixando escapar uma frase que externou o que realmente pensava naquele
momento: “Vejo uma magnífica desolação”.
Entre
uma frase feita e uma que o assombro do momento foi capaz de produzir, o feito
dos tripulantes da nave Apollo 11 provou ao ser humano o quanto ainda somos
dependentes e prisioneiros desse nosso mundinho azul, que difere totalmente dos
demais – pelo menos dos que nos são conhecidos – pela sua generosidade, beleza,
favorecimento à vida e tudo mais. Mas, dentre os benefícios que a Terra nos
proporciona, além do privilégio da vida, está também a consciência de nossa
insignificância, fragilidades, luta contra situações de não vida, luta contra a
própria morte. A grandiosidade dos feitos de Armstrong o fez imortal na nossa
História. Mas ele próprio nunca se deixou enganar diante de sua fragilidade
humana, pois “Neil possuía uma graça e uma humildade que era exemplo para todos
nós”, afirmou um outro colega astronauta.
Todavia,
dentre os feitos de grandeza desses homens, o maior deles a imprensa pouco
falou e até hoje muitos fazem questão de omitir por ser uma questão de fé. Em
especial da fé católica. Em 2008, Aldrin, companheiro de Armstrong na viagem à
Lua, revelou ao mundo que naquela empreitada levaram consigo hóstias
consagradas, ou seja, o corpo e sangue de Cristo nas espécies eucarísticas.
Assim Aldrin comentou esse fato: “Estar no centro de um acontecimento tão
grandioso fez com que minhas fraquezas aflorassem. Por um lado, a viagem
reforçou minha espiritualidade. Embora não tenha sido anunciado publicamente,
eu comunguei na Lua. E, desde então, minha espiritualidade foi ampliada muitas
vezes” (Rev. VEJA- Julho – 2008).
Esse
foi o maior salto daqueles astronautas. O pequeno passo de Neil, pensado,
repensado, milimetricamente calculado pela mente humana, até em suas pontuações
e pausas verbais, caiu por terra na constatação espontânea de Aldrin, a desolação
do cenário. Mas logo mais, com a inspiradora e mais que providencial presença
eucarística, eis que tudo se transforma. Uma aventura da vaidade humana teve a
participação e as bênçãos divinas. Um salto de qualidade, uma nova visão do
mundo a partir de nossa insignificância. E Aldrin ainda conclui: “Na próxima
vez que você estiver caminhando ao ar livre e vir a Lua sorrindo para você,
pense em Neil Armstrong
e pisque o olho para ele”. E ainda nos ensina: “Acredito na ação de uma
inteligência maior que resultou na criação do universo e guia a evolução da
espécie humana”. Esse é o maior salto da nossa história. Sem qualquer desolação
que possa nos assustar, Cristo se faz um conosco até em nossas conquistas
espaciais, especiais...
WAGNER PEDRO MENEZES wagner@meac.com.br
Um comentário:
LINDO ARTIGO. O WAGNER É UM GÊNIO E MUITO UNGIDO.
PARABÉNS!!!
URBANO MEDEIROS
urbanomedeiros@gmail.com
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